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domingo, 12 de setembro de 2010

TAPIOQUINHA DE MOSQUEIRO COM 90 ANOS DE TRADIAÇÃO

As mais antigas vendas de tapioquinha da Vila


Antiga venda de tapioquinhas da Vila



Atual Tapiocaria da Vila



Tapioquinha de Mosqueiro
com 90 anos de tradição


Sabor de tradição. Assim pode se definir os 90 anos de história das famosas tapioquinhas de Mosqueiro. Quem vai à ilha, seja num simples final de semana ou na agitada férias de julho, não resiste a uma parada na Vila para comer as deliciosas tapioquinhas com café. O toque especial fica por conta da paisagem da ilha, carinhosamente chamada de Bucólica pelos paraenses.

A variedade é enorme. É tapioa com creme, com ovo, presunto, queijo e até cupuaçu com chocolate. Uma riqueza de gostos e sabores que faz a população e visitantes da ilha se encontrar ao amanhecer para a primeira refeição do dia ou no agradável fim de tarde, com direito a vistada Orla da Vila. Mesmo após passados nove décadas, as tapioqueiras de Mosqueiro continuam a receber inúmeros elogios e contabilizar novos clientes. É assim que Elizeu Barbosa, fala dos seus 50 anos de trabalho junto à sua esposa na "Barrca da Vovó". O trabalho começou com sua sogra, que foi uma das quatro pioneiras que começaram a vender tapiocas na Praça Matriz da Vila da Vila. "Naquela época não havia emprego e foi uma forma de sustento para a minha sogra", contou Elizeu, lembando que o número subiu para as 19 depois atuais.

O trabalho das tapioqueiras é uma tradição, que passa de mãe para filhas e netas, enfim de geração para geração. "É algo que não pode ser vendido. É a raiz da nossa família que já esta firmada", diz Catarina Barbosa, que mora e trabalha em Belém, em época de pico colabora na barraca dos pais Adriana e Elizeu Barbosa com as vendas.

Nos períodos de maior demanda, a fila cresce e o trabalho dobra, às vezes triplica. "Todas as 19 barracas chegam a vender três mil tapioquinhas por dia, o que dá uma média de 200kg de goma por mês", diz Catarina. É um trabalho pesado, que merece dedicação e esforço. "Acordo bem cedo para ajeitar a barraca e receber o material que é fornecido por produtores do interior", garante Elizeu.

Tudo é programado com antecedência para o dia seguinte. O material é comprado com antecedência e, quando é ´reciso, até novas contratações são feitas. Associação das Barraqueiras de Venda de Tapioca e Comidas Típicas da Ilha de Mosqueiro (ASBAVETIM), é que escala e chega a pagar R$ 30,00 a diária de trabalho.
Essa associação foi estabelecida como utilidade pública desde o dia 8 de janeiro/2007 depois de um decreto assinado pelo prefeito Duciomar Costa. "Lutamos desde 1996 para que nossa associação fosse reconhecida e só agora na atual geração é que conseguimos", diz Elizeu, que é o presidente da Asbavetim.

A atual administração municipal contribuiu com o trabalho das tapioqueiras em várias formas. Oferecendo cursos de manipulação de alimentos através do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa) e gerenciamento de balcão pela Agência Distrital de Mosqueiro. O programa Ama Belém também já colaborou com esta atividade da culinária paraense, entregando duas camisas e pares de calça para cada pessoa que trabalha nas barracas.

Dez/2008
Jornal do Mosqueiro

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